domingo, 26 de setembro de 2010

No Olho Do Furacão

o sangue grosso escorria de suas pequenas mãos, o corte tinha sido profundo, mais do que ela mesmo imaginava. agora não havia mais saída. era impossível cessá-lo. paredes, espelho, toalhas, pia, chão, e tudo mais foram tingidos pela sua dor vermelha. mas não estava arrependida, estava com uma estranha satisfação. a intensidade do momento presente a excitava. sua cabeça começou a rodar, suas pernas ficaram trêmulas e fracas. ouviu crianças brincando na rua, uma buzina tocando, um cachorro latindo, o sopro do vento e seu último suspiro.

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