domingo, 26 de setembro de 2010

No Olho Do Furacão

o sangue grosso escorria de suas pequenas mãos, o corte tinha sido profundo, mais do que ela mesmo imaginava. agora não havia mais saída. era impossível cessá-lo. paredes, espelho, toalhas, pia, chão, e tudo mais foram tingidos pela sua dor vermelha. mas não estava arrependida, estava com uma estranha satisfação. a intensidade do momento presente a excitava. sua cabeça começou a rodar, suas pernas ficaram trêmulas e fracas. ouviu crianças brincando na rua, uma buzina tocando, um cachorro latindo, o sopro do vento e seu último suspiro.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

chuta que é macumba!

tudo que eu queria essa semana era me injetar numa bolha fora do tempo, onde eu simplesmente ficasse de férias da humanidade e do planeta sem ter que falar uma vogal que seja com alguém, e mais importante do que isso: não ter que ouvir nada, n-a-d-a.
como se eu voltasse pro útero materno por apenas uma semana. isso, acho que uma semana seria o necessário pra eu recuperar minhas energias físicas e principalmente mentais. se pudesse nesse período bolha também arrancaria meu cérebro pra ver se ele cala a boca um pouco e me deixa em paz de mim mesma. porque andei pensando, a coisa mais insana é brigar com seu próprio cérebro, afinal, como se briga consigo mesma, por acaso eu sou duas "eus", me sinto um tanto ridícula por isso e muito mais muito mal humorada.